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sábado, 10 de dezembro de 2011

Mas quêêêê???

Tenho errado tudo igual. Avante, avante, ma vie. Sem tum-tum-tum não engata.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Per favore

Não me estraguem o urbanismo. Obrigadjenha.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Então

Não façamos mais piadas com loiras nem com portugueses como burros. Com pessoas com deficiência, nem pensar! Negros, paraíbas, morte: assunto proibido. Vamos fazer humor azul bebê enfeitado com lacinho cor de rosa.

E vivamos num mundo sem graça.

Palmas para quem não consegue abstrair, vendo preconceito em tudo. Viva o falso moralismo e a baixa-estima! Fim.

Duas coisas importantes

A primeira informação veio pra me deixar ainda mais perdida: cor em espanhol é palavra do gênero masculino - "el color".

A segunda é: pare com isso se nunca gostou desse tipo de coisa. Não é legítimo. Nem com harpas :)

BOM DIA!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Me gusta

Ah, sim. É o que me encanta. Tudo aquilo que me tira do lugar. O que me faz sair da rotina massante. Sabe aquele peso de se estar em um lugar apenas para marcar presença? Aquele conversa apenas pra fazer social? Eu quero tudo isso fora da minha vida desde já. Não importa que me faça corar, apenas me pergunte qualquer coisa para a qual eu não tenha resposta ensaiada. Quero perguntas imprevisíveis todos os dias. E conversas diferentes. Por que tão pragmáticos? Por que sempre pensando em como farei dinheiro, onde viverei, qual o próximo passo pra virar mais uma little box? Apenas reproduzindo, quando na verdade deveríamos estar produzindo. E com vontade. Apenas fragmentando, colocando a câmera fotográfica no modo super macro e esquecendo da grandeza do universo. Como é grande. Diante dele, me conformo em ser pequena; mas medíocre, jamais.


De repente, vejo que tenho tudo. Só me falta o principal. Mas se retorno à escrita assim, com vontade, prevejo fumaça. Muita!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pois é

Eu escrevia mais e melhor. Eu dançava mais e melhor. Eu sorria mais e melhor. Eu sonhava mais e melhor. Só me resta pedir com carinho: não deixe o samba morrer.

sábado, 5 de novembro de 2011

Tô me afastando

de todo mundo que cita Caio Fernando de Abreu, meu bem. Tô me aproximando da sabedoria de Zé da Feira, neném. Tô aproveitanu pra iscrivinhar eradu nesa fraze tambêin. Tô trazendo pra perto de mim toda a poética que da mesa de bar vem. Ultimamente eu só tô querendo que esses textos de auto-ajuda parem de brotar no meu facebooken. Especialmente esse que começa com "tô me afastando", hein?

Abreu pra mim, só o Loco.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Rimando flor com capim

Dentre minhas músicas preferidas. TIPO FEIJÃO COM ARROZ :)

sábado, 29 de outubro de 2011

Nem foi um sorriso

Foi um sinal

Hoje

eu aceitaria o convite pra um intercâmbio na Faixa de Gaza. Mesmo que a passagem fosse só de ida.

A VIDA É UMA GRAÇA. PAPAI DO CÉU, TÁ TIRANDO ONDA POR QUÊ??? Pelo menos, tô rindo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vou confessar que...

... sinto falta das costas. Ou elas que sentem, sei lá.

domingo, 23 de outubro de 2011

DEUS,

é só pra agradecer, amigo. Faz tempo que a gente não conversa. Eu sou teimosa demais. A vida tem que vir e me dar um choque daqueles preu lembrar da sua presença. Tão do meu lado, o tempo todo. Tão pertinho e eu sem dar bola. Mas dessa vez foi sem precisar de aviso. Como é que eles tão por aí? Todo mundo bem? Mande um beijo, diga que sinto saudades demais. Eu queria um cheiro de um e o "ballet!" do outro. Aquele tom de voz meio forte meio gasguito, a calça cinza sem camisa na cadeira de balanço preta... e o riso alto, sonoro, as conversas que não tinham fim... tudo isso faz uma falta danada. Avise que eu tô seguindo o exemplo e que eu tô sendo mais feliz que nunca :) Ou tão feliz quanto antes. Pai do Céu, obrigada por guiar minhas decisões. Agora tudo vai se endireitando aos pouquinhos. E obrigada por me acompanhar nos horários mais bizarros: duas da manhã, quatro da manhã, meia noite. Obrigada pela minha saúde e de toda minha família. Todo mundo corado. Obrigada por tudo o que veio. E pelo que ainda virá. Amém :)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vinteum

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Vinícius, Rio, 42.
[Só por hoje, faz de conta que ele fez pra mim] ~

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Enquanto chove

Enquanto a chuva vai caindo forte nesse início de dia, eu fico pensando se não é hora de mudar o compasso da dança - um pra lá e um pra cá. Porque, sabe, é assim que a gente começa a aprender a dançar. Depois avança pro dois pra lá e dois pra cá. Mas quando não é possível, quando não se tem sincronia, a gente regressa. Vira quadrilha, é hora do sangê. 

[e assim meu bom dia vai virando a outra expressão que a gente usa quando tá escuro]

domingo, 28 de agosto de 2011

Centoeoitentagraus

Girou assim.

domingo, 21 de agosto de 2011

Do mínguo

Nesse dia é assim, tudo em falta. A coragem se esconde no fundo do armário e de lá só sai se um alarme de incêndio for disparado (e olhe lá). Que nem lua minguante, tudo fica tão pela metade. E até a vontade de terminar o tex...






quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Quinta-feira ao léu.

"E vou mais longe. O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos da nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral. Não devemos cultivar o ócio ou a frivolidade como valores utilitários de contrapeso, mas pelo simples e puro prazer de fruí-los também como expressões de vida." Carlos Drummond de Andrade, O Frívolo Cronista.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

pour toujours

como eternizar?


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Piadinha do dia

quarta-feira, 27 de julho de 2011

E depois?

E depois de descobrir tudo, pra onde caminhamos? Da primeira publicação para essa, há uma estrada tão grande. Curvas, buracos e diferentes paisagens. Volto, porque isso sou eu. E essa de agora é alguém esperando o novo de novo. Porque, sem ele, fica muito difícil de escrever. E até de viver, eu diria.


terça-feira, 31 de maio de 2011

P(r)o(f)ético

Uma das coisa mais poéticas de que tenho notícia foi meu avô, em seu leito de morte, ter pedido pra lavar a cabeça e passar perfume. Ele tava quase lá, perto de ter o corpo encoberto por terra e mesmo assim se amou, se cuidou. Quantas vezes diante das menores picuinhas a gente se enfeia? Com quantas caretas e braços cruzados a gente esbarra por aí?

Levo esse exemplo pra vida. Não dá pra ser feliz o tempo todo, mas procuro sair de casa vestida com o meu melhor sorriso. Vou calçada com as botas de sete léguas do pequeno polegar, preparada para as longas e literais caminhadas. E sigo perfumada com o cheiro das pessoas que abracei no dia :)

No dia que alguém me pegar de rabujo, me mande bater a cabeça na parede. Tiro e queda!

domingo, 29 de maio de 2011

Lenitivo

Uma mosca não me deixou dormir a noite inteira [no sentido denotativo mesmo]. Pra mim, foi o sinal de alerta de que meu corpo está entrando em estado de putrefação. Desse jeito não demora a pousar um urubu na minha janela, espantando o beija-flor que costuma visitar minha roseira. [Aqui eu dou a opção de interpretar o período no sentido literal ou não.] Bom, lembro de, no meu ensino médio, ter aprendido que as frutas que a gente come estão apodrecendo. Óbvio. Mas a gente não para pra pensar nisso. Quem nunca fez careta com ranço de fruta verde na boca? O gostinho doce é proveniente da decomposição. Então, se é assim, faço em mim o reino das bactérias. Meu nome é Monera! Antes feia e cheia, que esguia e vazia. É tudo uma questão de ponto de vista. Depois, talvez a sobriedade do urubu seja mais confortante que a histeria do beija-flor.

 E como - mesmo com a perturbação da minha colega Musca domestica - acordei vestida de poesia, mais uma:

______________

As mulheres ocas
Vinícius de Moraes


"Headpiece filled with straw"
        T.S. Eliot, "The Hollow Men"

Nós somos as inorgânicas
Frias estátuas de talco
Com hálito de champagne
E pernas de salto alto
Nossa pele fluorescente
É doce e refrigerada
E em nossa conversa ausente
Tudo não quer dizer nada.

Nós somos as longilíneas
Lentas madonas de boate
Iluminamos as pistas
Com nossos rostos de opala.
Vamos em câmara lenta
Sem sorrir demasiado
E olhamos como sem ver
Com nossos olhos cromados.

Nós somos as sonolentas
Monjas do tédio inconsútil
Em nosso escuro convento
A ordem manda ser fútil
Fomos alunas bilíngües
De "Sacre-Coeur" e "Sion"
Mas adorar, só adoramos
A imagem do deus Mamon.

Nós somos as grã-funestas
Filhas do Ouro com a Miséria
O gênio nos enfastia
E a estupidez nos diverte.
Amamos a vida fria
E tudo o que nos espelha
Na asséptica companhia
Dos nossos machos-de-abelha.

Nós somos as bailarinas
Pressagas do cataclismo
Dançando a dança da moda
Na corda bamba do abismo.
Mas nada nos incomoda
De vez que há sempre quem paga
O luxo de entrar na roda
Em Arpels ou Balenciaga.

Nós somos as grã-funestas
As onézimas letais*
Dormimos a nossa sesta
Em ataúdes de cristal
E só tiramos do rosto
Nossa máscara de cal
Para o drinque do sol posto
Com o cronista social.

* Uma das categorias da Nova Gnomônia, de Jayme Ovalle, que classifica os seres e as coisas em: datas, parás, mozarlescos, kernianos e os onézimos, sendo estes conhecidos "pés-frios". Para maiores esclarecimentos, ver o capítulo [a crônica] "A Nova Gnomônia" em Crônicas da província do Brasil, de Manuel Bandeira.

Acordei vestida de poesia

Testamento
Manuel Bandeira

O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros — perdi-os...
Tive amores — esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.

Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.

Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.

Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!

Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!

domingo, 22 de maio de 2011

Meio sangue, meio mel

Na mesma porcentagem, a intensidade de todas as emoções e a colheita do dia. Achou!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Raio-x

Nome: Camila
Idade: 20
Profissão: estudante de arquitetura e urbanismo
Passatempo: estragar músicas em aulas desinteressantes

Vida - Chico Buarque



Estação da Luz¹

Viga, minha viga, olha o que é que eu fiz
Deixei o trabalho pra última hora
Na mesa do quarto
Pra ir pra folia
Mas, viga, ali quem sabe, eu fui feliz

Luz, quero luz
Deus me ajude a fazer a estação no Relux
Deus coloque em meus dias horinhas a mais
Arranca a viga, arreia a laje
Dá tudo errado e a gente quase cai pra trás

Não quero mais
Se eu virar essa noite me atiro no cais
Depois que entrei no curso, não tive mais paz
Cabelo branco, olheira preta
São tantos tantos tantos tantos tantos ais...


1. Título espontaneamente sugerido por Claudinha.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bem-te-vi

Bem te vi. Passou assim cantando como dizia meu avô "triste vida, triste vida". Pousou na minha janela e se perguntou quem era que dormia ali naquele quarto. Tanto sol lá fora e essa moça a dormir. "Triste vida". Quem achava que acordar com canto de passarinho era coisa de poesia parnasiana se enganou. O bem-te-vi chegou assim soltando a voz como quem diz: "que fazes dos teus dias?" e foi mais como acordar com um balde de água fria. Terminou indo embora e a água fria fez adoecer. Causou tanta febre, daquelas que ardem a ponto de fazer a gente delirar.

Precisando de cura, plantei uma roseira no meu quintal e a cultivei secretamente até que florescesse. Foi aí que resolvi também tirar a gelosia da janela e a tramela da porta. Só então, bem, te vi. Foi a cor, foi o perfume ou foi o novo vão da minha arquitetura? Seja  qual for a resposta, pode entrar e fique à vontade :)



Ai, a primeira fresta...

sábado, 7 de maio de 2011

Indigna

E completamante desmerecedora.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Na madrugada...

... vitrola rolando um blues, "trocando de biquini sem parar".

Feito avião, planando no ar. Tentando manter a calma, sem esperar pelo momento do pouso. Talvez nunca mais pouse. Se a terra é firme, o ar é leve, leva. Que nem o mar. Mas enquanto o mar lhe joga pra frente, o ar lhe joga pro alto. E, dessa vez, eu quero subir. Feliz maio :)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resumindo

"Na evolução da arquitetura, ou seja – nas transformações sucessivas por que tem passado a sociedade, os períodos de transição se têm feito notar pela incapacidade dos contemporâneos no julgar do vulto e alcance da nova realidade, cuja marcha pretendem, sistematicamente, deter. A cena é, então, invariavelmente, a mesma: gastas as energias que mantinham o equilíbrio anterior, rompida a unidade, uma fase imprecisa e mais ou menos longa sucede, até que, sob a atuação de forças convergentes, a perdida coesão se restitui e novo equilíbrio se estabelece. Nessa fase de adaptação a luz tonteia e cega os contemporâneos – há tumulto, incompreensão: demolição sumária de tudo que precedeu; negação intransigente do pouco que vai surgindo – iconoclastas e iconólatras se digladiam. Mas, apesar do ambiente confuso, o novo ritmo vai, aos poucos, marcando e acentuando a sua cadência, e o velho espírito – transfigurado – descobre na mesma natureza e nas verdades de sempre, encanto imprevisto, desconhecido sabor – resultando daí formas novas de expressão. Mais um horizonte então surge, claro, na caminhada sem fim."
 (Lúcio Costa, Razões da Nova Arquitetura)


"Quando a arquitetura evolui, no período de transição entre os estilos, as pessoas negam o antigo, mas também estranham o novo. Em determinado momento, se acostumam."
(Camila, estudando o texto supracitado)


"A mente apavora o que ainda não é mesmo velho."
(Caetano Veloso, Sampa)


10 pra Caetano!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Versos fatigados

Incansavelmente
O incansável mente
Pois toda incansável mente
Um hora se cansa

~

Inspirado no Ecletismo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Série poeminhas bizarros - Parte III

Daí que tinha outra aula muito legal pra assistir - Tópicos Especias em Arquitetura e Urbanismo; matéria do dia: História do Planejamento no Brasil. Nãããããão! Não que o assunto não seja bom, mas... Deixemos os comentários de lado. O papel em que escrevi essa aula é uma viagem. Tem notas tipo assim: Revolta do ABC (se referindo a Doutrina Monroe - América para os americanos); Economia mundial tomando medicamento tarja preta (Grande Depressão de 1929) e por aí vaí... na hora de estudar é que foi novela pra relembrar o que eu queria dizer.

Enfim, dada hora a professora mencionou um livro e logo despertei pra fazer rima! Pelo menos me divirto lendo as minhas coisas.

___________


Passa-se uma casa (poeminha inspirado no livro homônimo)

Com jeitinho brasileiro, resolvi levar melhor
Decidi ganhar dinheiro, pra não ficar na pior
Peguei casa com o governo, mas com outra intenção
Deixei essa casa a ermo e voltei pro barracão
(Agora com a grana da venda, sambando na samba-canção)

Série poeminhas bizarros - Parte II

O próximo poeminha foi escrito na aula da matéria que, eu já falei por aqui, a gente tem que poetizar. É um ode a Fundamentos das Estruturas, ô disciplina linda. Tudo que está escrito tem a ver com o discurso do professor na aula. Ex.: o teacher adora a frase "não se tem amor por nada", querendo dizer que as construtoras não priorizam um ou outro sistema construtivo ou material, vão sempre pelo mais barato (desde que não vá fazer o prédio cair, né?). Escrito na íntegra como está no papel, com um adendo lá no final.


______________________________________

# Preparação para uma aula super-divertida

Concreto armado, te amo tanto, que até me espanto
Concreto armado, de areia, brita e cimento
Em tua ausência viver é um lamento
Ó, essas armaduras para resistir à tração
Quando te vejo faz tumtum meu coração
Fck é a tua resistência
Que após 28 dias fica sem malemolência
Ah, esses corpos de prova
1,65 de desvio padrão
Se o teste não aprova
Reze pra Nossa Senhora do Concreto, irmão!
(Ou reforce a armação)
Nesse mundo do capitalismo
Onde por nada se tem amor
Por ti conservo o romantismo
Amo, sofro e sinto dor!

~

PARADOXO ARQUITETÔNICO

Para não enlouquecer no curso de arquitetura, é preciso enlouquecer. Porque se levar a sério, é implorar para morrer. EnlouCRESÇA. Picuinha é pro Jardim II.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Se Ele quiser

Lá vou eu
Com o que Deus me deu
Escutando o som
Conquistando o céu
Desprezando o chão

:DDD

domingo, 3 de abril de 2011

La mala educación

Não é sobre o filme de Almodóvar (quem ainda não viu, veja, que é bom), mas sobre eu e tu. Assim, sobre nós todos. E não é sobre qualquer tipo de má educação, é mais especificamente sobre má educação virtual: mazela dos tempos modernos, que a gente nem leva em consideração (os tempos não, a mazela - não consegui desfazer a ambigüidade sem deixar a frase feia).

O que acontece é o seguinte: o professor abre um fórum no SIGAA, perguntando o que os alunos acharam da aula tal e ninguém responde. Você até leu, mas ficou com preguiça e não respondeu. OU Você manda um e-mail pra determinada pessoa e se fosse esperar resposta, já teria criado teias em frente ao computador. OU Você manda um recadinho pro orkut de alguém e a pessoa ignora e só vem responder 10 anos depois, se responder. OU Tem aquele seu amigo que ignora completamente suas arrobinhas no twitter.

Todo mundo já fez isso de ignorar as mensagens que recebe online, adiar respostas e afins. A gente pensa que é anônimo por trás da tela. Ei, não somos! Do mesmo jeito que uma pessoa espera uma resposta sua quando faz uma pergunta ao vivo e a cores, ela fica esperando sua resposta no mundo virtual. Não sejamos rudes. Sem ilusões de que é só um perfil, um e-mail, uma página... somos nós. Não é a gente que controla? Então somos nós. Praticar essas coisinhas é mais ou menos como desligar o telefone na cara de alguém.

Com a explosão de redes sociais que vivemos, prevejo Gloria Kalil lançando livro novo. "Alô, Bits! Etiqueta virtual". Menino, que boa idéia! Se ela não escrever, escrevo eu.

sábado, 26 de março de 2011

De novo!

Como venho percebendo que preciso escrever freneticamente e o blog tá ficando empestado de textos pequenos e irrelevantes, fiz mais uma conta no twitter, que é o lugar dos textos pequenos e irrelevantes.

@doidadopao

Nome mais que adequado de todos.

Nhém.

Deixar de ir pro ensaio, assistir a um espetáculo de dança e a uma peça da teatro pra dirigir no trânsito delícia da Antônio Basílio e depois fazer trabalho de estruturas foi minha facada da sexta-feira. Nunca mais quero isso! :|

Mas vida num é assim? Tapa aqui, descobre ali. Eu precisava escrever.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Take me back

to the start.

Good night, folks!

Conversa de circular

- Queria muito pagar essa matéria.
- Eu também.
- Um ser nunca vai ser nada, tá ligado?
- Mas ele é.
- É!

Eu adoro essa universidade.

domingo, 20 de março de 2011

Novidades

Eu falei que esse ano ia vir cheio de novidades. Agora, nesse exato momento, descobri o trabalho de Ronaldo Fraga, estilista mineiro. Sempre tive um pé atrás com moda, detestava todo mundo seguindo o mesmo padrão. Isso é porque eu nunca entendi de moda. Achava que era simplesmente todo mundo usando a saia de cintura alta que custou os olhos da cara numa loja da Afonso Pena.

Mas depois do trabalho desse cara, tenho um conceito completamente diferente. O que é aquilo??? Cada coleção tem um grande trabalho de pesquisa por trás. Num é qualquer insight que vem e ele sai desenhando as roupas não. Os trabalhos são inspirados em diversos temas, tem peça de roupa baseada em obra de arquitetura, em dança, em teatro, em literatura... Mais uma vez: o que é aquilo??? Pina Bausch, Athos Bulcão, Mário de Andrade, Disneylândia e até CÂMARA CASCUDO, meu povo.

Só não consigo ainda visualizar o conceito bem direitinho nas roupas... Quem quiser se aventurar a entender: http://www.ronaldofraga.com.br/

Hoje foi um dia de muitas coincidências que me levaram a juntar várias pecinhas. E se Deus me permitir, vou que nem Caetano, pra ver se "alguma coisa acontece no meu coração..." Deixo assim em clima de segredo, mas quem gostar de mim, que fique na torcida!

Help!

Muita tensão ao dirigir. Alguém mais também teve vontade de chorar pegando no carro??? Socorrooooo... Quero consolo :~

quinta-feira, 17 de março de 2011

Do que a vida é feita

De cheiros e xêros.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pra quem reclama

Olha aí, pra quem diz que eu nunca divulgo quando vou dançar.

http://revistacatorze.com.br/2011/radio-universitaria-fm-completa-10-anos-em-comemoracao-no-tam

No final das contas dá no mesmo, porque ninguém acessa isso aqui. HOHOHOHO.

Xau e bença.

Não

não.

terça-feira, 15 de março de 2011

Sete, oito

Não chore ainda não, que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
E um samba tão imenso que eu às vezes penso
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir

;)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ter filhos

São duas da manhã e eu estou aqui feliz da vida conversando sozinha e tomando sorvete. Já é dia 14, já é segunda (feliz dia da poesia, aliás). E eu tô aqui, aproveitando que amanhã não tenho os 4 primeiros horários. E talvez, mesmo se tivesse, eu ainda estaria aqui, acordada, brincando de atriz: fazendo monólogo pras paredes do quarto.

No meu vai e vem dentro de casa, acordei meu pai. Que sono leve é esse? O ar-condicionado do meu quarto é instalado na minha porta e não na parede como deveria, ficando com a "bundinha" pra dentro de casa e fazendo um barulho superior a qualquer outro.

Foi aí que eu me liguei: esse sono é sono de pai. Que é igual a sono de mãe. Acho que quando a gente tem filhos, nunca mais deita a cabeça no travesseiro com tranqülidade. Enfim, ele me pegou com a boca na botija tirando o sorvete do pote e perguntou se eu não ia dormir.

Tô indo, pai. X'eu terminar de escrever no brogui e tomar meu sorvete que tá derretendo aqui.

domingo, 13 de março de 2011

Tchau, arquitetura!

Chico Buarque, Tom Jobim, Guilherme Arantes, Francis Hime, Herbert Vianna, Fernanda Abreu, Babal, Falcão e Durval.

ADEUS, VOU FAZER MÚSICA.

Uma pena que tenha tomado decisão tão importante em pleno domingo à noite, porque a segunda-feira me chama.

Tôdxibrinkshem.

Quebra, negona!

Super-Man ficou fraco,
O Pingüim jogou criptonita


Pingüim ficou esquizofrênico, né? Esqueceu que seu inimigo é o Batman.

É, Mulher-Maravilha, FUJA MESMO! Que o Coringa tá com a mesma doença vindo roubar seu laço...


_____________

Minha gente, nada contra a swingueira. Nada contra mesmo, apesar da genialidade das letras, vos digo: é bom demais pra dançar. Agora só presta dançar sem frescura, tá?

sábado, 12 de março de 2011

Conotação

Taí. Você é a culpada de tudo, desde o princípio.

Mentira

BUUU! Antecipando 1º de abril. A página não entra em jejum, mas parece que a autora sim. Nem é por conta dos 40 dias, mas porque tem algumas coisas na vida que nos fazem achar comida um negócio extremamente desnecessário. Certo? É jejum por puro desvio de atenção do cérebro e seu órgão companheiro da batucada para com outros assuntos. Aí só as tripas mesmo pra darem o aviso monstruoso.

O jejum parece que quer se espalhar todinho pelo corpo e atingir até o sono. Dormir não importa. Dormindo minha mente fica sem controle, sonha o que quer. Alô, Nietzsche, quero meu inconsciente revelando o que desejo de olhos abertos. Pode? Pode o que a gente quer de dia ser diferente do que a gente quer de noite? Assim não dá e é melhor ficar acordada.


Veja lá, comer e dormir: dois verbos que aprecio demais! O que acontece?

Esse jejum quer me coibir também os gestos. Quer me tirar a rotina e me jogar de frente pro mar o dia todo. Quer desmentir Belchior e dizer que sonhar é melhor que viver. Mas quer, como ele, pedir que guarde uma frase pra mim.

quarta-feira, 9 de março de 2011

40

Essa página entra agora em jejum. Até abril :)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Clássico e popular

Vai-vai! Arrasou, quero ver na avenida :)

Eu botava bailarinas sambando na sapatilha de ponta.

Em cima, em baixo, puxa e vai!

Balança o saco, balança o saco,
Balança o saco de confete e serpentina,
Eu vou meter o dedo, eu vou meter o dedo
Nas cordas do violão!
Eu vou cair de língua, eu vou cair de língua
Num sorvete de limão!
Tá todo mundo dando, tá todo mundo dando,
Volta e meia no salão

Bom carnaval e juízo proceis :)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mais um

Povo povo povo...

... e arte. Aproximem-se!

:)

http://caju.tv/entretenimento/cine-goiamum/61

Que delícia!

Olha que legal ~ http://caju.tv/entretenimento/cine-goiamum/8a

terça-feira, 1 de março de 2011

Amando o Revit!

Até quando, não se sabe.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma praguinha

Ficou lindo, né, o prédio novo da BCZM? Iapois, tô doidinha pra ver os ar-condicionados não ligarem qualquer dia desses. Desconfio que o prédio envidraçado vai virar uma estufinha. Posso estar errada, mas pra descobrir isso... pifem, ar-condicionados, pifem! ;)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Concreto Armado

Em homenagem a Estruturas I, uma matéria que, se a gente não fizer de tudo pra poetizar, vira uma grande e pesada laje pré-moldada sem guindaste pra ajudar a levantar.


A janela é ausência de parede
A parede é algo de concreto
A parede é caminho para o teto
E o teto é o chão em contra-plano
A torneira é a conclusão do cano
E o cano é parede para a água
A paixão é introdução pra mágoa
E a água uma trégua para a sede
E a sede uma fome liqüefeita

A loucura é ausência de juízo
O juízo final decide tudo
O silêncio é a explicação do mudo
O macaco existe enquanto pensa
O bacilo é o cerne da doença
E o sono a essência do cochilo
O cagaço é a causa do vacilo
O sapato escorrega quando é liso
E nenhuma queda é perfeita

O vazio é ausência de matéria
A matéria é algo de concreto
A essência é a alma do objeto
E a alma da bomba é dinamite
A potência é ausência de limite
No espaço que existe, o gás se expande
Se a vontade é pequena, o tempo é grande
Mas se a fome é o cerne da miséria
O sentido do braço é a colheita

A careca é ausência de cabelo
O cabelo é que dá sentido ao pente
A angústia é irmã da dor de dente
E a arma sem pente não dá tiro
E a frente é atrás quando eu me viro
Mas o lado virado é sempre o lado
O passado é um fósforo queimado
O futuro, ninguém consegue vê-lo
E a morte é a vida que se deita

Concreto Armado - Marcelo Pretto

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um segredo

Eu não gosto muito quando me chamam de Camila. Acho sério.

Certas músicas

fazem a gente sentir vontade de abraçar o mundo. Quem nunca ouviu, tire um pedacinho do dia de hoje pra escutar Yann Tiersen. E bom fim de semana :)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Imagina só

Se eu conseguisse usar essa minha capacidade de imaginar coisas absurdas nos meus projetos de arquitetura, pode crer, Vitruvius ia levantar do túmulo e aplaudir de pé.

No fim das contas, acho que nem ia valer, porque meu negócio mesmo parece que é História. Disciplina LINDA.

Mudando de assunto, não é nada fácil, mas a lembrança do sorriso sincero conforta um pouco. Eu converso com eles todos que já não podem me responder e de vez em quando acho que enlouqueci. Saudades :)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Algumas pessoas

Algumas pessoas pensam que o mais importante são as aparências. Passam horas na academia em busca do corpo perfeito, gastam horrores em roupas de marca, compram o carro do ano em milhões de prestações antes mesmo de possuir uma casa própria, surram os cabelos, brigam com a genética, só comem nos melhores restaurantes, vão às festas mais caras e bebem da melhor bebida.

Algumas pessoas acham isso uma babaquice. Mas não percebem que sua futilidade é semelhante quando ostentam o saber como se fosse a coisa mais importante do mundo. Sou culto, sou cult. Está escrito na testa. E ali também se estampam os livros mais ininteligíveis, a música que traz prestígio, os filmes mais bizarros, o vocabulário em desuso, a nota na prova, o elogio que o professor fez ao trabalho. Jamais discorde de uma pessoa dessas ou apresente o seu ponto de vista pra ela.

Algumas pessoas jamais tiveram estudo e são desprovidas de beleza física. Só que lá dentro do peito, mora algo que pode parecer um clichezão, mas eu nem tenho vergonha de falar: é o amor. A gente percebe logo essas algumas. São aquelas que dão o lugar aos velhinhos no ônibus; não têm nada, mas não deixam de compartilhar o pouco que têm; que sempre percebem quando você tá precisando e oferecem uma mão amiga; que não têm vergonha de pagar mico, usar a camisa velha da escola, sair com a meia furada ou com os pares trocados; que lhe dão um bom dia/boa tarde/boa noite sincero; que conversam com você no banco da praça; que sorriem com os olhos; que têm fé ou reconhecem sua pouca fé; que sabem perdoar e dar a outra face.

Se você quiser, seja bonito, seja inteligente. Só não deixe de amar.

E muito disso foi você que me ensinou. Descanse em paz :)

Vô,

Eu não me permito esmorecer, porque a sua vida foi permeada de alegria e é esse exemplo que eu quero seguir. Se um dia eu tiver a metade da sua felicidade, bondade, simplicidade, carisma e sabedoria (mesmo sem nunca ter frequentado a escola por conta da palmatória) serei mais que grata e já poderei também partir em paz.

Como é grande o nosso amor por você.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dream a little dream

of meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee :)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Gira e bica mais ainda

Quando eu era pequena, passava horas divagando sobre essas coisas sem resposta, criando histórias e me divertindo comigo mesma. Fui a criança já dos tempos de ruas perigosas, de ter que brincar ou em casa ou na casa do vizinho, mas nunca de queimada na rua. Por isso viajava em meus pensamentos num cantinho qualquer aqui em casa, essa mesma em que eu moro há uns 13 anos.

Passava horas pensando no infinito. Como era o infinito e como é que uma coisa pode não ter fim? O que era ele além daquela palavra que a gente usava pra ganhar as competições numéricas? "Sou grande 20 vezes", "sou 100 milhões", "sou grande infinitas vezes". E sempre aparecia um engraçadinho com o "sou grande infinito x 100" pra me confundir mais ainda. Hoje tenho algumas pistas: não é o oito deitado, nem o além do além do além. Dá pra ter um vislumbre do infinito se a gente fechar os olhos e foi a literatura que me ensinou.

Pensava também no nada. O nada é impossível! Como era o mundo antes de tudo? O nada. E como é o nada? Branco, transparente, preto? Se tiver cor, já é algo. E se for transparente, é inimaginável. Eu ficava me imaginando no nada e sempre me via caindo eternamente num vazio branco. Nada, vazio e infinito.

Tinha também meus medos e com eles vinham histórias bizarras criadas pela minha cabeça. Sempre tive pavor de ET. Juro, morro de medo até hoje. Do nada olhava pros meus pais fixamente, pensando se um alienígena os teria sequestrado e estava se disfarçando deles. Quando estavam todos dormindo e eu ainda fazia minhas coisas, ficava com medo de todas as minhas ações serem interpretadas pelos marcianos como um sinal para que eles viessem até mim. Fechava a janela, guardava o caderno, arrumava a mochila da escola e tremia só de pensar que talvez eles tivessem combinado com uma menina alien disfarçada de fazer justamente esses gestos na hora que quisesse voltar ao seu planeta e me confudissem com ela. MUITA imaginação.

Além de imaginativa eu era sensível demais. Aqui na entrada de casa tem uma graminha na qual meus pais sempre estacionavam o carro e pisavam. Eu achava aquilo um ultraje! Jamais pisava a grama por pura pena dela, sempre me dirigia ao portão da varanda pelo caminho de pedra. E depois ainda ia conversar com a graminha, dizendo que não se importasse, que eu jamais a pisaria. Ainda chorava a morte de formigas e soldadinhos. Se não chorava, ficava com muito dó.

Gostava de ficar no quintal ao fim da tarde esperando a primeira estrela no céu pra fazer um pedido. E sempre pedia a mesma coisa: quero ser a Power Ranger rosa. Assistia Caça Talentos e perdia meu tempo tentando me transportar de um lugar pra outro que nem a Fada Bela, até me cansar e desistir. Encostava a porta do quarto e dançava Daniela Mercury freneticamente me imaginando cantar prum grande público.

O infinito e o nada ainda me assustam. Os ET's mais ainda. Ainda danço freneticamente no quarto. Mas nunca mais fiz um pedido pra uma estrela ou tentei me teletransportar. E a grama deve sentir falta da minha companhia.

Gira e bica

Aos 20 anos, me descobri realizada. Poderia vir a me sentir assim apenas quando me formasse, casasse, tivesse meus filhos e netos e morasse num lugar correpondente ao vilarejo cantado por Marisa Monte. Mas já estou completa, depois de ter relembrado uma história antiga. É que a nossa realização pode vir dos desejos mais puros e infantis que se concretizam. E quando eu era pequena, tinha um sonho bem diferente dos coleguinhas da escola. "Camila, o que você quer ser quando crescer?", alguém me perguntou. E, com toda a inocência de criança, eu respondi: "Nordestina". É claro que eu não lembro, faz tempo, quem conta isso é minha mãe e quem contou a ela foi minha professora do jardim de infância quando eu morava lá no sul. Do Rio Grande de lá, vim pro Rio Grande de cá e agora tenho um item riscado da minha lista com um ok do lado :)

Imersa nesse sentimento de nostalgia bem Casimiro de Abreu, lembro da primeira vez que não chorei por dor nem por manha. Estávamos eu e meu pai na rede e, enquanto a gente se balançava, ele me contou uma história. Assim, inventada na hora, o que fazia dela mais legal ainda por ser única. Era a história de uma menina que se chamava Camila (os pais adoram usar esse artíficio pra fazer a gente se imaginar vivendo o que é contado, pode prestar atenção) que tinha um caderno. O caderno era o grande companheiro dela, que ela levava pra escola, no qual desenhava, escrevia suas coisas, etc. Com o passar do tempo, ela já não é mais Camilinha. Cresce e acaba se esquecendo do caderno a ponto de jogar no lixo aquele que tinha sido seu grande amigo na infância. No final, o caderno ia pra a reciclagem, virava uma cartolina que ia parar numa papelaria, Camila comprava e fazia dele um cartaz pra pregar na porta de seu quarto.

Pra completar, terminado tudo, meu pai acha pouco e canta O Caderno, de Toquinho. De repente eu não me agüentei e comecei a chorar. Lembro ter sido estranho demais, eu me esquivando pra ninguém ver uma lágrima que fosse, porque não sabia explicar direito o que tava me fazendo chorar daquele jeito. Aí minha mãe viu. "O que foi, filha?". Eu sabia lá explicar aquilo. "Papai me contou uma história..." e comecei a recontar pra ela. Daqui a pouco só escuto "Ou Zé, você fica contando essas histórias pra a menina...". Mas eu não queria que ela brigasse com ele, porque tinha sido uma história linda e ainda por cima com trilha sonora. Bom, eu só sei que até hoje tenho quase todos os meus cadernos antigos guardados.

Sério, vizinho

Se você deixar tocar alto mais uma vez essa "na casa das prima", eu toco sua campainha e te mando pra a PRIMA que te pariu!

Tolerância zero hoje.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que não tem medida, nem nunca terá

O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita ...

indo ali, desafiar os sentidos. um beijo :)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Questão de educação

Essa semana fui ao DETRAN fazer minha prova teórica pra tirar a carteira. É isso aí, sou provavelmente a única das minhas amigas de 20 anos que jamais dirigiu um carro. Mas isso não importa. Quer dizer, importa sim, porque eu sempre tenho que mofar na parada esperando o 66(6) quando não tenho carona. Não importa é pra o texto.

Eu estava lá, desalinhada¹ e morena (infelizmente o linda e loira não me cabe), sentada numa cadeira por ter sido a primeira a entrar na sala. Todas as outras cadeiras também estavam ocupadas, uma fila imensa se formou pra quem queria ser atendido e o resto do pessoal ficou em pé, de olho num cantinho pra acomodar a buzanfa.

De repente, não mais que de repente, chega uma moça que podia ser eu. Novinha assim, uns 23 anos, sei lá. Ela tava grávida. Tinha um nenenzinho lá na barriga dela, ó. Ela foi prontamente atendida por ser preferencial. E ficou sem lugar pra sentar.

Eu não acreditei. Tá certo que entre ela ter se enconstado na parede e eu ter oferecido meu lugar a ela não se passaram nem 15 segundos. Mas o que meu deixou perplexa é que havia MUITOS homens na sala. Uns na casa dos 30, outros que, a julgar pelo cabelo baixinho, tinham acabado de passar no vestibular. Meninos que provavelmente estudaram em boas escolas, pagaram os cursinhos mais caros. Gente, nenhum homem se levantou!

Então tá. Dei meu lugar a ela e foi a minha vez de ficar em pé enconstada na parede. Eu devo aparentar um vigor físico fantástico ou parecer um moleque, porque também nenhum homem me deu lugar. Ora, não levantaram pra grávida iam muito levantar pra mim. Essa frase ficou HORRÍVEL. Substitui aí o levantar por ceder o lugar e fica tudo certo. Mas se eu tivesse de decotão e shortinho dançando o rebolation freneticamente numa festa num dava 5 segundos pra pelo menos um chegar e oferecer até a casa.

INTERESSEIROS.


Nos ônibus acontece demais também. Você tá lá com aqueles 34032940932 livros que pegou na biblioteca central pra fazer o trabalho daquela disciplina que adora passar esses trabalhos de muita pesquisa e, tcha-ram, ninguém se oferece pra segurar pra você. Aí a gente dá uma de equilibrista e vê pelo lado bom, né? Quem sabe se a professora der nota ruim no trabalho, você arranja um bico no Cirque du Soleil.

Esse texto todo é pra dizer o seguinte: além de educação, falta cavalheirismo. Pode falar de feminismo, direitos iguais para homens e mulheres etc. etc. etc. Mas deixa um rapaz te dar o lugarzinho dele pra ver se você não vai ficar boquiaberta. Ninguém faz mais isso. Um homem educado é a coisa mais linda!

Tá. Foi só o desabafo de uma morena desalinhada.

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1. Não uso feia, porque aprendi que mulher feia não existe. Existe mulher preguiçosa, já que até as pobezinha dão seu jeito. Então, me incluo nessa classe aí. E também pra não chocar a autoestima, né, a coitada.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Com emoção?

Acabo de sair da maior montanha russa da minha vida. Muito mais emocionante que a do Aerosmith. A do Indiana Jones é fichinha perto dela. Até a do Golden Park (sim, é isso mesmo, vai dizer que aquele trambolho todo solto num mete medo?) perde pra ela.

A montanha russa que fez a adrenalina correr nas veias se chama Cisne Negro. Apelido Natalie Portman. Que filme! É exatamente disso que eu gosto: o que desnorteia, emociona, o subjetivo. E, claro, ela: a dança. Dessa vez tá difícil colocar os pés de volta no chão.


Como cantou o poeta

"O mundo é um moinho". Verdade.

Só que pode triturar, pode reduzir. Uma hora eu acho a mandioca pra fazer minha farinha. E pro abismo: asa delta =]

SEGURAÊ!