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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Com emoção?

Acabo de sair da maior montanha russa da minha vida. Muito mais emocionante que a do Aerosmith. A do Indiana Jones é fichinha perto dela. Até a do Golden Park (sim, é isso mesmo, vai dizer que aquele trambolho todo solto num mete medo?) perde pra ela.

A montanha russa que fez a adrenalina correr nas veias se chama Cisne Negro. Apelido Natalie Portman. Que filme! É exatamente disso que eu gosto: o que desnorteia, emociona, o subjetivo. E, claro, ela: a dança. Dessa vez tá difícil colocar os pés de volta no chão.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Verdade verdadeira



Com toda a sinceridade: não quero ser arquiteta, quero ser bailarina. Trocaria a prancheta por um palco e o compasso por um par de sapatilhas.

Eu não amo meu curso, eu e ele somos apenas bons amigos - pelo menos por enquanto. Meus testes vocacionais apontavam sempre para o lado artístico, mas eu tremia nas bases só de pensar em revelar que faria artes cênicas ou plásticas. O curso de dança foi criado no ano em que eu prestei vestibular, mas todos esperavam uma decisão sensata da minha parte. "Quer morrer de fome?" Optei por arquitetura e urbanismo sem conhecê-la muito a fundo, muito mais pelo status da área tecnológica e por uma possível renda mais estável. Lógico que o lado artístico e criativo também contou.

Passei tranquilamente. Entrei no curso e me deparei com um universo todo novo. Vieram os trabalhos e com eles as dores de cabeça, as crises de criatividade, as noites mal dormidas (ou nem dormidas), as críticas e comparações. Se tudo isso se deu nos períodos iniciais, imagino o que virá lá na frente. Gosto sim de arquitetura, de admirar e entender o significado das coisas. A parte histórica me encanta, bem como a compreensão o processo construtivo. Só que na hora de criar, é um Deus nos acuda! Tudo que sai da cabeça parece inútil.

Eu amo dançar. Minha relação com a dança é de namoro que acaba de começar. Dançar sim, me faz bem. A sensação do alongamento, o movimento do corpo, o ritmo, os giros e saltos, tudo isso me liberta. Mesmo estando parada há dois anos, ainda sinto tudo isso muito vivo e continuo dando pirueta no meu quarto.

Se eu pudesse escolher que nem criança, hoje eu diria que quero ganhar a vida sendo bailarina de contemporâneo. Viajaria o mundo inteiro me apresentando e nem precisaria ganhar muito, só o suficiente para viver bem. Dá tempo ao tempo.

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Tinha eu 14 anos de idade
Quando meu pai me chamou
Perguntou se eu não queria
Estudar filosofia
Medicina ou engenharia
Tinha eu que ser doutor


Mas a minha aspiração
Era ter um violão
Para me tornar sambista
Ele então me aconselhou
Sambista não tem valor
Nesta terra de doutor
E seu doutor
O meu pai tinha razão


Vejo um samba ser vendido
E o sambista esquecido,
O seu verdadeiro autor
Eu estou necessitado
Mas meu samba encabulado
Eu não vendo não senhor

(14 anos - Paulinho da Viola)