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domingo, 21 de novembro de 2010

Fiiiiiu

Enfim, parece que eu encontrei a válvula de escape que procurava. Se eu disser que esse texto deveria ser metalingüístico, fica mais fácil descobrir qual é.

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A reforma que me perdoe, mas a trema é meu xodó.

Comparações descabidas

"Preferi o livro". Quem tem mais de doze anos de idade e faz esse tipo de comentário ao final de um filme muito provavelmente olha os girassóis de Van Gogh e diz que prefere os reais. Acha o olho humano muito mais vivo que o planetário de Calatrava. Diz que um sapo é mais bonito que uma geladeira e por aí vai...

Cinema é diferente de literatura, que é diferente de dança, que é diferente de música, que é diferente de artes plásticas. Um filme totalmente fiel a um livro é quase impossível e, se concretizado, provavelmente seria tão monótono quanto observar uma varejeira rondando bananas.

Comparações devem ser feitas de igual para igual. É possível criticar a adaptação, mas dizer que uma coisa é melhor que a outra, é de-más!

No mais, ninguém devia levar a sério qualquer coisa que eu diga, uma vez que tenho 20 anos e só escrevi esse texto por gostar tanto dos filmes quanto dos livros de Harry Potter. Só que esse último eu ainda tô pra assistir. E estou receosa pelo fato de a história ter sido dividida em duas partes. O livro já é meio enrolão em alguns momentos, imagine isso refletido na tela do cinema. Xiiii...

"Mas ele nem chora..."

sábado, 20 de novembro de 2010

Frustração

Acordou às seis para ir ao trabalho. Como sempre fazia, vestiu seu macacão bege, entrou no carro e ligou o rádio. O locutor entrevistava um político importante da região. Mudou de estação. O noticiário anunciava uma enchente numa grande cidade. Mudou de estação. Uma voz feminina dava a previsão do tempo para todo o país. Mudou de estação. Dois especialistas discutiam economia fervorosamente. Desligou o rádio. Todo dia era a mesma coisa, em todas as estações as pessoas simplesmente falavam e falavam, e aquele homem sentia falta de alguma coisa, mas não sabia de quê. Decidiu ir prestando atenção na paisagem.

Morreu de tédio.

Todas as construções em seu caminho eram iguais. Casas geminadas de porta e janela de madeira, paredes pintadas de branco e telha colonial na cobertura de duas águas. Quando não eram essas casas, havia prédios de 4 ou 6 andares, quadradinhos, sobre pilotis, com platibanda e também de cor branca. E havia os galpões cinza de telha de fibrocimento de pilares e vigas de concreto, onde as pessoas trabalhavam.Uma árvore ou outra aparecia solta no meio do trajeto. O homem vislumbrou que algo poderia ser diferente naquele caminho, mas não sabia como.

Chegou ao seu galpão de trabalho. Sentou em frente ao seu computador e começou a preencher as planilhas que deveria entregar ao final do dia. Perdido nos números e cálculos, algo lhe tira a concentração. Por que aquela mulher que serve o café sempre faz isso com ele? Hoje ele mal conseguia se conter quando ela veio se aproximando mais linda do que em todos os dias em que a havia visto. Queria dizer algo para ela, algo que fosse condizente com o que ele sentia. Pegou um papel e uma caneta. Mas nada saiu. Ele tinha certeza de que havia algo que poderia ser escrito, porém o papel continuou em branco. Ela serviu o café e ele apenas sorriu um sorriso amarelo cheio de frustração.

Ao fim do expediente, amargurado com alguma coisa que ele não sabia o quê, decidiu ir ao bar. Pediu a cachaça mais forte e bebeu sozinho, pensando na imagem daquela mulher. Pensou que queria registrá-la de alguma maneira que não fosse apenas em seu pensamento. Mas não havia fotografia e nunca se ouviu falar em pintura ou escultura. Queria chamá-la pra um primeiro encontro, mas não existia cinema ou uma peça de teatro em cartaz. Queria expressar todo seu sentimento de alguma maneira, mas não havia música ou literatura. Queria se mover junto a ela, mas não havia dança. E de repente, naquele bar sem música e naquela cidade sem arquitetura, a inquietude começou a tomar conta do corpo do homem, se espalhando por todos os lados até que ele, literalmente, explodiu. Seus pedacinhos voaram por todos os lados. E eu diria que ele teve muita sorte, pois deveria ser um castigo viver nesse mundo em que ninguém pode se expressar de maneiras diferentes. Esse homem não sabia, mas lá no fundo ele era apenas um artista frustrado que, vejam quão paradoxal, jamais conheceu a arte.

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O texto não justificado dá menos preguiça de ler?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sono

MUITO!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Limites

"Nações são prisões, o mundo é de todos". Essa eu vi pichada em algum muro da Rua Chile. E tá registrada que é pra eu não esquecer. Quem dera todo mundo pudesse, como numa propaganda da TIM, "viver sem fronteiras".

"Direis agora: Tresloucado, amigo!". E ainda vai me chamar de anarquista. Tá certo, não vamos exagerar. Pra viver assim só se voltássemos aos tempos do ronca e olhe lá: os aborígenes já brigavam por território. A questão aqui é outra.

Uma vez um professor de história falou que achava patriotismo uma babaquice. Eu choquei na hora. Também, ensinada a cantar o hino nacional estufando o peito e a amar o país acima de qualquer coisa, eu só podia estranhar. Mas a afirmação tem seu quê de verdade. A xenofobia nada mais é que uma exarcebação do nacionalismo, né não? E é coisa que não entra na minha cabeça de jeito nenhum, esse sentimento de superioridade. É como rivalidade entre time de futebol ou entre 5ª série A e 5ª série B. E a gente nem tá disputando campeonato ou o 1º lugar dos jogos internos, viu?

Não tô dizendo que amar a pátria faz de você um Hitler. Eu amo meu país, meu estado, minha cidade, minha casa. Mas preciso odiar a Argentina pra isso? Já pensou eu tocando na campainha do vizinho só pra dizer: "Hahaha, minha grama tá mais verde que a sua". Falando em Argentina, com o peso valendo metade do real, eu bem que queria estar por lá agora :) ¡Hola! É, esse sistema tem lá suas vantagens (egoístas e elitistas, mas tem).

Pra finalizar, vou soltar aqui um palavrão: puta merda! Só pra equilibrar, porque ultimamente esses meus textos tão muito politicamente corretos.

A dor e a delícia

(Para quem espera um texto pornográfico: ALT+F4) ~ Haha! ;)

Venho por meio deste registrar a minha queixa contra qualquer tipo de julgamento, preconceito ou rótulo. Por já ter julgado errado demais, parei de fazer. Por ter perdido oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, parei de rotular. E o preconceito, que a gente insiste em mentir pra si próprio dizendo que não tem, só se vai assim. Veja bem, nem uma pessoa perfeita estaria apta a julgar o próximo, pois sendo perfeita, ela jamais o faria. Antes de lançar qualquer adjetivo no ar, reflita. Já vi muita coisa que parece esquisita por aí: gente que não bebe, não fuma e não foge, achando que tá por cima da carne seca, destilando veneno aos sete mares; e a menina rodada, malhada e bebaça fazendo o bem sem olhar a quem. Para quem você daria o seu voto pra ir pro céu? Eu não faço a mínima idéia. Deus é que sabe o que se passa no coração de cada um. E se você não acredita em Deus, acredite pelo menos na solidão e no que ela faz com nossa cabeça antes da gente dormir. Ninguém é melhor do que ninguém por motivo qualquer. Como diria Caetano: "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".

E acabou numa riminha.


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p.s.: esse blog é esquizofrênico, fala com ninguém.

Perfeccionista

significa: chato pra car...amba! Não precisamos perder tempo com certas coisas. E olhe que quem falou foi a virginiana.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E cada dia a mais

É um dia a menos.
Só quero um dia ameno.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Fugere urbem

Quem deixa o trato pastoril amado
Pela ingrata, civil correspondência
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado

(Cláudio Manuel da Costa)

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Chega de século XIX e reformas urbanas, professora. Ramo pru siridó!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Frase e ponto.


Preciso de outra válvula de escape. As minhas já estão todas entupidas. É muita fumaça. De fogo. De palha. O consolo é que passa. Como tudo o que é ruim. E como muito do que é bom. Preciso de música, baixinha, perto do ouvido, cordas e voz. E do cheiro de boemia, de conversa imprevisível. Preciso ler e assistir algo fora do comum. Qualquer coisa que não se refira a cimento ou tijolo. Novidade. O despertar sem saber o que virá.