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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resumindo

"Na evolução da arquitetura, ou seja – nas transformações sucessivas por que tem passado a sociedade, os períodos de transição se têm feito notar pela incapacidade dos contemporâneos no julgar do vulto e alcance da nova realidade, cuja marcha pretendem, sistematicamente, deter. A cena é, então, invariavelmente, a mesma: gastas as energias que mantinham o equilíbrio anterior, rompida a unidade, uma fase imprecisa e mais ou menos longa sucede, até que, sob a atuação de forças convergentes, a perdida coesão se restitui e novo equilíbrio se estabelece. Nessa fase de adaptação a luz tonteia e cega os contemporâneos – há tumulto, incompreensão: demolição sumária de tudo que precedeu; negação intransigente do pouco que vai surgindo – iconoclastas e iconólatras se digladiam. Mas, apesar do ambiente confuso, o novo ritmo vai, aos poucos, marcando e acentuando a sua cadência, e o velho espírito – transfigurado – descobre na mesma natureza e nas verdades de sempre, encanto imprevisto, desconhecido sabor – resultando daí formas novas de expressão. Mais um horizonte então surge, claro, na caminhada sem fim."
 (Lúcio Costa, Razões da Nova Arquitetura)


"Quando a arquitetura evolui, no período de transição entre os estilos, as pessoas negam o antigo, mas também estranham o novo. Em determinado momento, se acostumam."
(Camila, estudando o texto supracitado)


"A mente apavora o que ainda não é mesmo velho."
(Caetano Veloso, Sampa)


10 pra Caetano!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Versos fatigados

Incansavelmente
O incansável mente
Pois toda incansável mente
Um hora se cansa

~

Inspirado no Ecletismo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Série poeminhas bizarros - Parte III

Daí que tinha outra aula muito legal pra assistir - Tópicos Especias em Arquitetura e Urbanismo; matéria do dia: História do Planejamento no Brasil. Nãããããão! Não que o assunto não seja bom, mas... Deixemos os comentários de lado. O papel em que escrevi essa aula é uma viagem. Tem notas tipo assim: Revolta do ABC (se referindo a Doutrina Monroe - América para os americanos); Economia mundial tomando medicamento tarja preta (Grande Depressão de 1929) e por aí vaí... na hora de estudar é que foi novela pra relembrar o que eu queria dizer.

Enfim, dada hora a professora mencionou um livro e logo despertei pra fazer rima! Pelo menos me divirto lendo as minhas coisas.

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Passa-se uma casa (poeminha inspirado no livro homônimo)

Com jeitinho brasileiro, resolvi levar melhor
Decidi ganhar dinheiro, pra não ficar na pior
Peguei casa com o governo, mas com outra intenção
Deixei essa casa a ermo e voltei pro barracão
(Agora com a grana da venda, sambando na samba-canção)

Série poeminhas bizarros - Parte II

O próximo poeminha foi escrito na aula da matéria que, eu já falei por aqui, a gente tem que poetizar. É um ode a Fundamentos das Estruturas, ô disciplina linda. Tudo que está escrito tem a ver com o discurso do professor na aula. Ex.: o teacher adora a frase "não se tem amor por nada", querendo dizer que as construtoras não priorizam um ou outro sistema construtivo ou material, vão sempre pelo mais barato (desde que não vá fazer o prédio cair, né?). Escrito na íntegra como está no papel, com um adendo lá no final.


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# Preparação para uma aula super-divertida

Concreto armado, te amo tanto, que até me espanto
Concreto armado, de areia, brita e cimento
Em tua ausência viver é um lamento
Ó, essas armaduras para resistir à tração
Quando te vejo faz tumtum meu coração
Fck é a tua resistência
Que após 28 dias fica sem malemolência
Ah, esses corpos de prova
1,65 de desvio padrão
Se o teste não aprova
Reze pra Nossa Senhora do Concreto, irmão!
(Ou reforce a armação)
Nesse mundo do capitalismo
Onde por nada se tem amor
Por ti conservo o romantismo
Amo, sofro e sinto dor!

~

PARADOXO ARQUITETÔNICO

Para não enlouquecer no curso de arquitetura, é preciso enlouquecer. Porque se levar a sério, é implorar para morrer. EnlouCRESÇA. Picuinha é pro Jardim II.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Se Ele quiser

Lá vou eu
Com o que Deus me deu
Escutando o som
Conquistando o céu
Desprezando o chão

:DDD

domingo, 3 de abril de 2011

La mala educación

Não é sobre o filme de Almodóvar (quem ainda não viu, veja, que é bom), mas sobre eu e tu. Assim, sobre nós todos. E não é sobre qualquer tipo de má educação, é mais especificamente sobre má educação virtual: mazela dos tempos modernos, que a gente nem leva em consideração (os tempos não, a mazela - não consegui desfazer a ambigüidade sem deixar a frase feia).

O que acontece é o seguinte: o professor abre um fórum no SIGAA, perguntando o que os alunos acharam da aula tal e ninguém responde. Você até leu, mas ficou com preguiça e não respondeu. OU Você manda um e-mail pra determinada pessoa e se fosse esperar resposta, já teria criado teias em frente ao computador. OU Você manda um recadinho pro orkut de alguém e a pessoa ignora e só vem responder 10 anos depois, se responder. OU Tem aquele seu amigo que ignora completamente suas arrobinhas no twitter.

Todo mundo já fez isso de ignorar as mensagens que recebe online, adiar respostas e afins. A gente pensa que é anônimo por trás da tela. Ei, não somos! Do mesmo jeito que uma pessoa espera uma resposta sua quando faz uma pergunta ao vivo e a cores, ela fica esperando sua resposta no mundo virtual. Não sejamos rudes. Sem ilusões de que é só um perfil, um e-mail, uma página... somos nós. Não é a gente que controla? Então somos nós. Praticar essas coisinhas é mais ou menos como desligar o telefone na cara de alguém.

Com a explosão de redes sociais que vivemos, prevejo Gloria Kalil lançando livro novo. "Alô, Bits! Etiqueta virtual". Menino, que boa idéia! Se ela não escrever, escrevo eu.