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segunda-feira, 8 de março de 2010

Por que somos assim?

Tá feliz? Qual o motivo de tanta felicidade? Aí tem coisa...
Tá sério? O que foi que eu fiz de errado? Você não me ama mais...
Tá arrumadinho? Por que tão arrumado pra ir a universidade?
Tá descuidado? Nem  se cuida pra mim.
Liga direto? Que grude!
Um dia sem ligar? Não me ama mais.
Agarradinhos no show? Deixa eu ficar solta.
Separados no show? Você nem me protege!
Tá bonita. Só pra ficar bem na fita.
Tá gordinha, hein? Buááááá.

Enfim, como parafraseou meu irmão hoje:
- Parabéns a todos nós.
- Mas hoje é dia da mulher!
- É dia da mulher, mas quem tá de parabéns são os homens que aguentam vocês.

(Dedicado ao maguelo)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Reformando atitudes

Minha boa amiga arquitetura vai, enfim, me conquistando. Temos paquerado abertamente durante essa semana. Sem nenhuma briga.

Dentre as palestras apresentadas na SemanAU¹ da UFRN, ocorrida nesses últimos 5 dias, uma despertou aquele calorzinho no coração - Arquitetura Alternativa, ministrada pela arquiteta Viviane Teles. Não vou entrar em detalhes sobre as construções feitas com adobe ou sobre permacultura, apesar de ter ficado fascinada com tudo o que foi apresentado. A história que quero contar aqui é outra. Não é a primeira vez que ouço, nem a primeira e última vez que conto.

A arquiteta recebeu um projeto de reforma para fazer. O perfil da família que o encomendou não me é estranho: um casal, três filhos, quartos com televisão e computador; cada um isolado em seu pequeno mundo; pouca conversa entre eles. Como acontece na minha família, talvez na sua ou na dos nossos vizinhos.

Ela fez o projeto. Executou. Todas as televisões foram retiradas. A sala, por onde circulava um vento bem gostoso, recebeu uma televisão boa e atrativos para os filhos. A reação ao executado é previsível: "CADÊ A MINHA TV???".

Os meses foram passando e com eles à reação negativa ao novo ambiente. Mantendo contato com os familiares, através daquilo que chamamos de APO², Viviane ouviu uma frase que, segundo ela, jamais esquecerá: "Você salvou minha família".

A televisão agora era só uma e todos precisavam saber compartilhá-la. A confusão deu lugar à compreensão. Os filhos passaram a achar o jornal a que os pais assistiam interessante, assim como os pais começaram a assistir aos mesmos programas que seus filhos, facilitando até o entendimento da cabeça de seus bambinos. O espaço de convivência criado na sala e na cozinha afastou o isolamento de cada um nos seus quartos. O diálogo surgiu e quando menos se esperava, aquilo era um exemplo de família.

Conclusão: arquitetura não é só combinar a cortina com o tapete. É projetar entendendo as pessoas que utilizarão determinado espaço. Arquiteto tem um pouco de psicólogo, de sociólogo e até de Super Nanny (fora todas as outras atribuições).

E para aqueles que não tem nada a ver com a área, o recado é esse: pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença.

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1. Semana de Arquitetura e Urbanismo
2. Avaliação pós-ocupacional. No grosso: o arquiteto fica em contato com o cliente pra ver se o que ele projetou funciona.