BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma praguinha

Ficou lindo, né, o prédio novo da BCZM? Iapois, tô doidinha pra ver os ar-condicionados não ligarem qualquer dia desses. Desconfio que o prédio envidraçado vai virar uma estufinha. Posso estar errada, mas pra descobrir isso... pifem, ar-condicionados, pifem! ;)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Concreto Armado

Em homenagem a Estruturas I, uma matéria que, se a gente não fizer de tudo pra poetizar, vira uma grande e pesada laje pré-moldada sem guindaste pra ajudar a levantar.


A janela é ausência de parede
A parede é algo de concreto
A parede é caminho para o teto
E o teto é o chão em contra-plano
A torneira é a conclusão do cano
E o cano é parede para a água
A paixão é introdução pra mágoa
E a água uma trégua para a sede
E a sede uma fome liqüefeita

A loucura é ausência de juízo
O juízo final decide tudo
O silêncio é a explicação do mudo
O macaco existe enquanto pensa
O bacilo é o cerne da doença
E o sono a essência do cochilo
O cagaço é a causa do vacilo
O sapato escorrega quando é liso
E nenhuma queda é perfeita

O vazio é ausência de matéria
A matéria é algo de concreto
A essência é a alma do objeto
E a alma da bomba é dinamite
A potência é ausência de limite
No espaço que existe, o gás se expande
Se a vontade é pequena, o tempo é grande
Mas se a fome é o cerne da miséria
O sentido do braço é a colheita

A careca é ausência de cabelo
O cabelo é que dá sentido ao pente
A angústia é irmã da dor de dente
E a arma sem pente não dá tiro
E a frente é atrás quando eu me viro
Mas o lado virado é sempre o lado
O passado é um fósforo queimado
O futuro, ninguém consegue vê-lo
E a morte é a vida que se deita

Concreto Armado - Marcelo Pretto

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um segredo

Eu não gosto muito quando me chamam de Camila. Acho sério.

Certas músicas

fazem a gente sentir vontade de abraçar o mundo. Quem nunca ouviu, tire um pedacinho do dia de hoje pra escutar Yann Tiersen. E bom fim de semana :)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Imagina só

Se eu conseguisse usar essa minha capacidade de imaginar coisas absurdas nos meus projetos de arquitetura, pode crer, Vitruvius ia levantar do túmulo e aplaudir de pé.

No fim das contas, acho que nem ia valer, porque meu negócio mesmo parece que é História. Disciplina LINDA.

Mudando de assunto, não é nada fácil, mas a lembrança do sorriso sincero conforta um pouco. Eu converso com eles todos que já não podem me responder e de vez em quando acho que enlouqueci. Saudades :)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Algumas pessoas

Algumas pessoas pensam que o mais importante são as aparências. Passam horas na academia em busca do corpo perfeito, gastam horrores em roupas de marca, compram o carro do ano em milhões de prestações antes mesmo de possuir uma casa própria, surram os cabelos, brigam com a genética, só comem nos melhores restaurantes, vão às festas mais caras e bebem da melhor bebida.

Algumas pessoas acham isso uma babaquice. Mas não percebem que sua futilidade é semelhante quando ostentam o saber como se fosse a coisa mais importante do mundo. Sou culto, sou cult. Está escrito na testa. E ali também se estampam os livros mais ininteligíveis, a música que traz prestígio, os filmes mais bizarros, o vocabulário em desuso, a nota na prova, o elogio que o professor fez ao trabalho. Jamais discorde de uma pessoa dessas ou apresente o seu ponto de vista pra ela.

Algumas pessoas jamais tiveram estudo e são desprovidas de beleza física. Só que lá dentro do peito, mora algo que pode parecer um clichezão, mas eu nem tenho vergonha de falar: é o amor. A gente percebe logo essas algumas. São aquelas que dão o lugar aos velhinhos no ônibus; não têm nada, mas não deixam de compartilhar o pouco que têm; que sempre percebem quando você tá precisando e oferecem uma mão amiga; que não têm vergonha de pagar mico, usar a camisa velha da escola, sair com a meia furada ou com os pares trocados; que lhe dão um bom dia/boa tarde/boa noite sincero; que conversam com você no banco da praça; que sorriem com os olhos; que têm fé ou reconhecem sua pouca fé; que sabem perdoar e dar a outra face.

Se você quiser, seja bonito, seja inteligente. Só não deixe de amar.

E muito disso foi você que me ensinou. Descanse em paz :)

Vô,

Eu não me permito esmorecer, porque a sua vida foi permeada de alegria e é esse exemplo que eu quero seguir. Se um dia eu tiver a metade da sua felicidade, bondade, simplicidade, carisma e sabedoria (mesmo sem nunca ter frequentado a escola por conta da palmatória) serei mais que grata e já poderei também partir em paz.

Como é grande o nosso amor por você.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dream a little dream

of meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee :)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Gira e bica mais ainda

Quando eu era pequena, passava horas divagando sobre essas coisas sem resposta, criando histórias e me divertindo comigo mesma. Fui a criança já dos tempos de ruas perigosas, de ter que brincar ou em casa ou na casa do vizinho, mas nunca de queimada na rua. Por isso viajava em meus pensamentos num cantinho qualquer aqui em casa, essa mesma em que eu moro há uns 13 anos.

Passava horas pensando no infinito. Como era o infinito e como é que uma coisa pode não ter fim? O que era ele além daquela palavra que a gente usava pra ganhar as competições numéricas? "Sou grande 20 vezes", "sou 100 milhões", "sou grande infinitas vezes". E sempre aparecia um engraçadinho com o "sou grande infinito x 100" pra me confundir mais ainda. Hoje tenho algumas pistas: não é o oito deitado, nem o além do além do além. Dá pra ter um vislumbre do infinito se a gente fechar os olhos e foi a literatura que me ensinou.

Pensava também no nada. O nada é impossível! Como era o mundo antes de tudo? O nada. E como é o nada? Branco, transparente, preto? Se tiver cor, já é algo. E se for transparente, é inimaginável. Eu ficava me imaginando no nada e sempre me via caindo eternamente num vazio branco. Nada, vazio e infinito.

Tinha também meus medos e com eles vinham histórias bizarras criadas pela minha cabeça. Sempre tive pavor de ET. Juro, morro de medo até hoje. Do nada olhava pros meus pais fixamente, pensando se um alienígena os teria sequestrado e estava se disfarçando deles. Quando estavam todos dormindo e eu ainda fazia minhas coisas, ficava com medo de todas as minhas ações serem interpretadas pelos marcianos como um sinal para que eles viessem até mim. Fechava a janela, guardava o caderno, arrumava a mochila da escola e tremia só de pensar que talvez eles tivessem combinado com uma menina alien disfarçada de fazer justamente esses gestos na hora que quisesse voltar ao seu planeta e me confudissem com ela. MUITA imaginação.

Além de imaginativa eu era sensível demais. Aqui na entrada de casa tem uma graminha na qual meus pais sempre estacionavam o carro e pisavam. Eu achava aquilo um ultraje! Jamais pisava a grama por pura pena dela, sempre me dirigia ao portão da varanda pelo caminho de pedra. E depois ainda ia conversar com a graminha, dizendo que não se importasse, que eu jamais a pisaria. Ainda chorava a morte de formigas e soldadinhos. Se não chorava, ficava com muito dó.

Gostava de ficar no quintal ao fim da tarde esperando a primeira estrela no céu pra fazer um pedido. E sempre pedia a mesma coisa: quero ser a Power Ranger rosa. Assistia Caça Talentos e perdia meu tempo tentando me transportar de um lugar pra outro que nem a Fada Bela, até me cansar e desistir. Encostava a porta do quarto e dançava Daniela Mercury freneticamente me imaginando cantar prum grande público.

O infinito e o nada ainda me assustam. Os ET's mais ainda. Ainda danço freneticamente no quarto. Mas nunca mais fiz um pedido pra uma estrela ou tentei me teletransportar. E a grama deve sentir falta da minha companhia.

Gira e bica

Aos 20 anos, me descobri realizada. Poderia vir a me sentir assim apenas quando me formasse, casasse, tivesse meus filhos e netos e morasse num lugar correpondente ao vilarejo cantado por Marisa Monte. Mas já estou completa, depois de ter relembrado uma história antiga. É que a nossa realização pode vir dos desejos mais puros e infantis que se concretizam. E quando eu era pequena, tinha um sonho bem diferente dos coleguinhas da escola. "Camila, o que você quer ser quando crescer?", alguém me perguntou. E, com toda a inocência de criança, eu respondi: "Nordestina". É claro que eu não lembro, faz tempo, quem conta isso é minha mãe e quem contou a ela foi minha professora do jardim de infância quando eu morava lá no sul. Do Rio Grande de lá, vim pro Rio Grande de cá e agora tenho um item riscado da minha lista com um ok do lado :)

Imersa nesse sentimento de nostalgia bem Casimiro de Abreu, lembro da primeira vez que não chorei por dor nem por manha. Estávamos eu e meu pai na rede e, enquanto a gente se balançava, ele me contou uma história. Assim, inventada na hora, o que fazia dela mais legal ainda por ser única. Era a história de uma menina que se chamava Camila (os pais adoram usar esse artíficio pra fazer a gente se imaginar vivendo o que é contado, pode prestar atenção) que tinha um caderno. O caderno era o grande companheiro dela, que ela levava pra escola, no qual desenhava, escrevia suas coisas, etc. Com o passar do tempo, ela já não é mais Camilinha. Cresce e acaba se esquecendo do caderno a ponto de jogar no lixo aquele que tinha sido seu grande amigo na infância. No final, o caderno ia pra a reciclagem, virava uma cartolina que ia parar numa papelaria, Camila comprava e fazia dele um cartaz pra pregar na porta de seu quarto.

Pra completar, terminado tudo, meu pai acha pouco e canta O Caderno, de Toquinho. De repente eu não me agüentei e comecei a chorar. Lembro ter sido estranho demais, eu me esquivando pra ninguém ver uma lágrima que fosse, porque não sabia explicar direito o que tava me fazendo chorar daquele jeito. Aí minha mãe viu. "O que foi, filha?". Eu sabia lá explicar aquilo. "Papai me contou uma história..." e comecei a recontar pra ela. Daqui a pouco só escuto "Ou Zé, você fica contando essas histórias pra a menina...". Mas eu não queria que ela brigasse com ele, porque tinha sido uma história linda e ainda por cima com trilha sonora. Bom, eu só sei que até hoje tenho quase todos os meus cadernos antigos guardados.

Sério, vizinho

Se você deixar tocar alto mais uma vez essa "na casa das prima", eu toco sua campainha e te mando pra a PRIMA que te pariu!

Tolerância zero hoje.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que não tem medida, nem nunca terá

O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita ...

indo ali, desafiar os sentidos. um beijo :)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Questão de educação

Essa semana fui ao DETRAN fazer minha prova teórica pra tirar a carteira. É isso aí, sou provavelmente a única das minhas amigas de 20 anos que jamais dirigiu um carro. Mas isso não importa. Quer dizer, importa sim, porque eu sempre tenho que mofar na parada esperando o 66(6) quando não tenho carona. Não importa é pra o texto.

Eu estava lá, desalinhada¹ e morena (infelizmente o linda e loira não me cabe), sentada numa cadeira por ter sido a primeira a entrar na sala. Todas as outras cadeiras também estavam ocupadas, uma fila imensa se formou pra quem queria ser atendido e o resto do pessoal ficou em pé, de olho num cantinho pra acomodar a buzanfa.

De repente, não mais que de repente, chega uma moça que podia ser eu. Novinha assim, uns 23 anos, sei lá. Ela tava grávida. Tinha um nenenzinho lá na barriga dela, ó. Ela foi prontamente atendida por ser preferencial. E ficou sem lugar pra sentar.

Eu não acreditei. Tá certo que entre ela ter se enconstado na parede e eu ter oferecido meu lugar a ela não se passaram nem 15 segundos. Mas o que meu deixou perplexa é que havia MUITOS homens na sala. Uns na casa dos 30, outros que, a julgar pelo cabelo baixinho, tinham acabado de passar no vestibular. Meninos que provavelmente estudaram em boas escolas, pagaram os cursinhos mais caros. Gente, nenhum homem se levantou!

Então tá. Dei meu lugar a ela e foi a minha vez de ficar em pé enconstada na parede. Eu devo aparentar um vigor físico fantástico ou parecer um moleque, porque também nenhum homem me deu lugar. Ora, não levantaram pra grávida iam muito levantar pra mim. Essa frase ficou HORRÍVEL. Substitui aí o levantar por ceder o lugar e fica tudo certo. Mas se eu tivesse de decotão e shortinho dançando o rebolation freneticamente numa festa num dava 5 segundos pra pelo menos um chegar e oferecer até a casa.

INTERESSEIROS.


Nos ônibus acontece demais também. Você tá lá com aqueles 34032940932 livros que pegou na biblioteca central pra fazer o trabalho daquela disciplina que adora passar esses trabalhos de muita pesquisa e, tcha-ram, ninguém se oferece pra segurar pra você. Aí a gente dá uma de equilibrista e vê pelo lado bom, né? Quem sabe se a professora der nota ruim no trabalho, você arranja um bico no Cirque du Soleil.

Esse texto todo é pra dizer o seguinte: além de educação, falta cavalheirismo. Pode falar de feminismo, direitos iguais para homens e mulheres etc. etc. etc. Mas deixa um rapaz te dar o lugarzinho dele pra ver se você não vai ficar boquiaberta. Ninguém faz mais isso. Um homem educado é a coisa mais linda!

Tá. Foi só o desabafo de uma morena desalinhada.

---------

1. Não uso feia, porque aprendi que mulher feia não existe. Existe mulher preguiçosa, já que até as pobezinha dão seu jeito. Então, me incluo nessa classe aí. E também pra não chocar a autoestima, né, a coitada.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Com emoção?

Acabo de sair da maior montanha russa da minha vida. Muito mais emocionante que a do Aerosmith. A do Indiana Jones é fichinha perto dela. Até a do Golden Park (sim, é isso mesmo, vai dizer que aquele trambolho todo solto num mete medo?) perde pra ela.

A montanha russa que fez a adrenalina correr nas veias se chama Cisne Negro. Apelido Natalie Portman. Que filme! É exatamente disso que eu gosto: o que desnorteia, emociona, o subjetivo. E, claro, ela: a dança. Dessa vez tá difícil colocar os pés de volta no chão.


Como cantou o poeta

"O mundo é um moinho". Verdade.

Só que pode triturar, pode reduzir. Uma hora eu acho a mandioca pra fazer minha farinha. E pro abismo: asa delta =]

SEGURAÊ!