"Na evolução da arquitetura, ou seja – nas transformações sucessivas por  que tem passado a sociedade, os períodos de transição se têm feito notar  pela incapacidade dos contemporâneos no julgar do vulto e alcance da  nova realidade, cuja marcha pretendem, sistematicamente, deter. A cena  é, então, invariavelmente, a mesma: gastas as energias que mantinham o  equilíbrio anterior, rompida a unidade, uma fase imprecisa e mais ou  menos longa sucede, até que, sob a atuação de forças convergentes, a  perdida coesão se restitui e novo equilíbrio se estabelece. Nessa fase  de adaptação a luz tonteia e cega os contemporâneos – há tumulto,  incompreensão: demolição sumária de tudo que precedeu; negação  intransigente do pouco que vai surgindo – iconoclastas e iconólatras se  digladiam. Mas, apesar do ambiente confuso, o novo ritmo vai, aos  poucos, marcando e acentuando a sua cadência, e o velho espírito –  transfigurado – descobre na mesma natureza e nas verdades de sempre,  encanto imprevisto, desconhecido sabor – resultando daí formas novas de  expressão. Mais um horizonte então surge, claro, na caminhada sem fim."
 (Lúcio Costa, Razões da Nova Arquitetura)
"Quando a arquitetura evolui, no período de transição entre os estilos, as pessoas negam o antigo, mas também estranham o novo. Em determinado momento, se acostumam."
(Camila, estudando o texto supracitado)
"A mente apavora o que ainda não é mesmo velho."
(Caetano Veloso, Sampa)
10 pra Caetano!

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