Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Vinícius, Rio, 42.
[Só por hoje, faz de conta que ele fez pra mim] ~
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Vinteum
Escrito por Camila às 19:07 0 comentários
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Enquanto chove
Enquanto a chuva vai caindo forte nesse início de dia, eu fico pensando se não é hora de mudar o compasso da dança - um pra lá e um pra cá. Porque, sabe, é assim que a gente começa a aprender a dançar. Depois avança pro dois pra lá e dois pra cá. Mas quando não é possível, quando não se tem sincronia, a gente regressa. Vira quadrilha, é hora do sangê.
[e assim meu bom dia vai virando a outra expressão que a gente usa quando tá escuro]
Escrito por Camila às 06:47 0 comentários
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